sábado, 21 de março de 2009

AMIGO É PRÁ ESSAS COISAS



música de Silvio da Silva Jr. e Aldir Blanc
na voz de MPB-4

Clip feito por Taís Marinho

- Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo!
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô...
- O que é que há?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom pra mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste
- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Pra frente é que se anda
- Você se lembra dela?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo!
- E o l´argent?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã?
- Que bom se eu morresse!
- Prá quê, rapaz?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás!
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor agente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum!
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço, eu vivo ao Deus dará...

A Paz

A paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais

A paz fez um mar da revolução
Invadiu meu destino... A paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer um Japão na paz

Eu pensei em mim, eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição só a guerra faz
Nosso amor em paz

Eu vim, vim parar na beira do cais
Aonde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos ais

A paz invadiu o meu coração...

A paz fez um mar da revolução.

(GILBERTO GIL)..

TEMPO DE MENINO



Ainda não falei do entardecer

Depois que o sol esconde

Atrás das dunas de areia

A lua aparece sobre o mar

Harmonizando o canto das sereias


Ainda não falei do tempo de menino

A criança tão feliz que eu era

Encantado olhava as borboletas

Bailando sobre as flores

Nas manhãs de primavera


Ainda não falei da mãezinha

Rosto sereno e sincero

O pai feliz dava risadas

Ensinou-me que essência do labor

A obrigação da tarefa terminada


Ainda não falei dos dias de hoje

Só falei dos dias de outrora

Saudade porque não voltam mais

Quando a natureza dadivosa sorria

Exuberante em seus mananciais


Ainda não falei do tempo de menino

A criança tão feliz que eu era

Encantado olhava as borboletas

Bailando sobre as flores

Nas manhãs de primavera



Letra e musica do poeta

Moacir Cardoso da Silveira o Cancioneiro da Lua

Maringá, Paraná, Brasil. 28 de novembro de 2008.

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