segunda-feira, 20 de julho de 2009

RIO BRAVO



Começo aqui um mês dedicado ao DUCK (John Wayne). Se fosse começar pelos grandes filmes, seria por Rastros de ódio, mas resolvi jogar no palitinho, pois bons ou medianos gosto de todos. Chega a ser engraçado a repetição da mesma fórmula, se você é fã deve ter assistido El Dorado, Rio Lobo e mais um ou dois que seguem esta mesma fórmula, surpresas? Nenhuma, mas não deixa de ser uma delícia assistir a estes velhos clássicos. eu simplesmente ADORO!

Rio Bravo: o faroeste perfeito
por Luiz Zanin, Seção: Cinema, Críticas 12:28:07.
Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959) é um daqueles filmes sobre os quais já correram rios de tinta. Em especial, porque os então jovens críticos da Cahiers du Cinéma colocaram Howard Hawks no pedestal da autoria cinematográfica, apenas um pouco abaixo de Alfred Hitchcock.

Como ver então esse filme? Ou melhor, como revê-lo já que, como qualquer outro clássico, Rio Bravo é suposto como parte indispensável do conhecimento cinematográfico de qualquer cinéfilo que se leva a sério? Pois bem, uma maneira talvez interessante, no momento em que ele sai em DVD em edição luxuosa da Warner (R$ 39,90), é atentar para o que faz deste filme um western perfeito e um permanente encanto para quem gosta de cinema.

A história é aquela que todos conhecem. John Wayne é o xerife de uma cidadezinha. Ele precisa defender a cadeia contra um bando bem armado que deseja libertar um companheiro lá preso. Wayne conta apenas com a ajuda de um velho manco (Walter Brennan) e um alcoólatra em recuperação (Dean Martin). A eles se une o jovem pistoleiro rápido no gatilho (Ricky Nelson). E o grupo se completa com a presença de uma mulher de passado suspeito e cara de anjo (Angie Dickinson), por quem o durão John T. (Wayne) acaba se enrabichando.

Tirando o enfrentamento final, Rio Bravo até que não tem muita ação para um western. Quase nada, de fato. É um faroeste de espera, quer dizer, de clima e, nessa ausência de ação é a sua forma que se depura. Boa parte se passa no interior da velha cadeia e o tempo é ocupado com a convivência dos homens. A tensão sobe, pois os bandidos pedem a um grupo de mariachis que toque incessantemente uma melodia chamada A Degola. Não é preciso dizer o seu significado. Mas nem o medo abala a amizade viril, tão sólida que, ameaçado de morte, há tempo para que o grupo toque e cante duas belas melodias. Não vamos esquecer que Ricky Nelson tem sua origem no rock.

Os elementos míticos do western estão dados: a luta dos bons contra os maus, a ameaça da fêmea ao universo macho, que se defende com a amizade viril, intensa e de poucas palavras. É com esse caráter que se civiliza um país, diz o mito. O engenho de Hawks é tratar esses pontos quase como formas puras, servindo-se de uma linha narrativa mínima, quase inexistente. E, ao mesmo tempo, colocando um certo distanciamento, permitido pelo uso do humor em situações que em tese seriam dramáticas. O resultado é estupendo e não tem paralelo na história do gênero.

(Estadão, Caderno Cultura, 9/7/07)



Compositores: Dimitri Tiomkim / Paul Francis Webster
Interpretes: Dean Martin e Rick Nelson

Sun is sinking in the west
The cattle go down to the stream
The redwing settles in the nest
It's time for a cowboy to dream

Purple light in the canyon
that is where I long to be
With my three good companions
just my rifle pony and me

Gonna hang my sombrero
on the limb of a tree
Coming home sweet my darling
just my rifle pony and me

Whippoorwill in the willow
sings a sweet melody
Riding to Amarillo
just my rifle pony and me

No more cows to be ropin'
No more strays will I see
'round the bend shell be waitin
For my rifle pony and me
For my rifle my pony and me

MEU RIFLE, MEU PÔNEI E EU
tradução (marcia regina de negreiros)

Sol se pondo no oeste
gado desce ao riacho
águia no ninho a pousar
é hora do cowboy sonhar

luz púrpura no cannion
é lá que eu quero estar
com minha doce companheira
somente meu rifle , meu pônei e eu

pendurar meu sombrero
sobre o galho de uma árvore
estou indo para casa minha querida
somente meu rifle , pônei, e eu

curiango no salgueiro
canta doce melodia
vou cavalgar até Amarillo
somente meu rifle, meu pônei e eu

não há mais vacas para amarrar
novilhos desgarrados não verei
Lá na curva ela vai me esperar
por meu rifle, meu pônei e eu
por meu rifle, meu pônei e eu

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo, estava procurando a letra, obrigado por postar.

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